quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Qualquer coisa



QUALQUER COISA
Caetano Veloso

Esse papo já tá qualquer coisa
Você já tá pra lá de Marraqueche
Mexe
Qualquer coisa dentro, doida
Já qualquer coisa doida
Dentro mexe
Não se avexe não
Baião de dois
Deixe de manha, 'xe de manha, pois
Sem essa aranha! Sem essa aranha!
Sem essa, aranha!
Nem a sanha arranha o carro
Nem o sarro arranha a Espanha
Meça: Tamanha!
Meça: Tamanha!
Esse papo seu já tá de manhã.
Berro pelo aterro
Pelo desterro
Berro por seu berro
Pelo seu erro
Quero que você ganhe
Que você me apanhe.
Sou o seu bezerro
Gritando mamãe.
Esse papo meu tá qualquer coisa
E você tá pra lá de Teerã



PS: O Rei dá O recado.

2 comentários:

  1. Sou o seu bezerro
    Gritando mamãe"...o cara tava mal dos édipo tche!!

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  2. Na verdade, acredito que a canção narra, com ampla liberdade poética, o ato sexual. A dependência do daquele homem lírico por uma mulher é pré-coital, é a entrega que antecede o gozo. Somos todos edipianos no sentido de dependência do "feminino".

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